9ª Parada do Orgulho LGTTB de Campinas

Neste último domingo resolvi dar um oi e prestigiar a 9ª Parada do Orgulho LGTTB de Campinas. Estava um pouco derrubado devido a jogação da noite anterior em SP, pois rolou mais uma edição da festa Crew no clube Glória. Prestigiei meus amigos Djs que mais uma vez tombaram na perfeita mistura de Electro, House, Maximal e todas as outras vertentes predominantes na festa e é claro, curti o tão aguardado set do dj e produtor norte americano Treasure Fingers criador do delicioso hit Cross The Dancefloor, que também contagiou o clube inteiro com coisinhas tiradas de seu case. Acessa o myspace do boy e confira bee: www.myspace.com/treasurefingers

Bem, voltando à parada, devo confessar que morando praticamente no quintal do local onde o evento foi realizado, seria impossível fazer a preguiçosa e não me contagiar tanto com o "griteiro" das bonitas que passavam pela rua quanto com o som que vinha dos trios. Como moro na cidade há pouco tempo, estou aos poucos desvendando a cena gay e noturna daqui. Portanto, não podia ficar de fora da festa e deixar de fazer o meu debut.

Logo abri a janela e vi dezenas de beeshas, todas montadas no modelon parando tudo por onde passavam e com razão, pois o dia era exclusivo delas e ai de alguém que entrasse na onda para gongar. Fiquei passado com o povo do prédio da frente que montou um verdadeiro camarote a lá Anhembi em dia de desfile, cheio de gente na sacada se jogando nos drinks, brindando com taças, tirando fotos e acenando para quem passava, achei digno!

Chegamos um pouco tarde, pois tive de esperar minha amiga "trava" que mora comigo terminar de se montar e ahazar no make, mas mesmo assim curtimos pencas. A Francisco Glicério estava tomada de gente animada, montada, bonita e feia também, mas se jogando pencas no tribal que vinha dos trios e celebrando aquele momento. Muitas famílias acompanhadas de seus filhos, senhoras, e casais héteros também prestigiavam o evento que tinha como objetivo lutar por um país com mais cidadania e menos homofobia, além de conscientizar a todos de que apesar de nossa orientação sexual, somos tão comuns como quaisquer outros cidadãos e além do respeito, merecemos os mesmos direitos.

Queria ter acompanhado na integra a movimentação de todos os trios, mas devido ao horário e a multidão, fomos logo para o trio da Pride Club, trio este para o qual havíamos sido convidados para que pudessemos encontrar o povo e fazer a pheena dando um close de lá de cima, pois acho digno e extremamente importante, a loka! O trio estava um bafu só e bombando tanto pela animação de seus convidados e seguidores quanto pelos Djs Teo Brasil, Diógenes e Cleber Paul, que veio direto de Balneário Camboriu para discotecar no evento e levou o povo ao delírio com o seu set enérgico e de muito bom gosto.

Tudo correu bem, pois o tempo ajudou muito e todos celebraram aquele momento de forma pacífica e contagiante, pois afinal de contas, um evento como este ocorre apenas uma vez ao ano. Fechamos o dia na buachy Lust que havia ahazado na programação, entretanto todos os esforços e a ótima estrutura da casa não foram suficientes, pois a noite foi bem no truque. Ainda estou me perguntando o que aconteceu com as beeshas desta cidade que no fechamento de um evento como este simplesmente sumiram? Anfan, prefiro não comentar!

Fiquei satisfeito com tudo aquilo que vi e espero que esta seja a primeira de muitas paradas aqui na cidade. Ah, me lembrei que só não fiquei satisfeito com a quantidade de fios no trajeto e que obrigava todos que estavam no carro a se abaixar de cinco em cinco minutos. O que era aquilo gatas? Se eu me incomodava, imaginem as Drag Queens, Drag Kings, Trave Queens, Dragstis e afins que eram obrigadas a praticar tal contorcionismo e ainda se preocupar com o modelon? Achei desnecessário, mas de resto foi tudo maravilhoso e aproveito para parabenizar a todos os envolvidos e espero que no ano que vem, os organizadores do evento, proprietários e promoters das casas daqui continuem abalando com objetivo de trazer mais e mais gente não só para a cidade, mas também para as ruas, clubes e eventos que antecedem e precedem a parada.

E vocês lindinhas e mais novas sisters, tratem de no próximo ano levar uma rasteirinha na bolsa, troquem o apatá, tomem bastante água, se alimentem ou até voltem para suas casas para retocar o make caso seja necessário, mas voltem para fechar a noite em algum lugar. Sabemos que a jogação na parada é forte e nos deixa ahazadas no fim do dia, mas ver uma cidade como Campinas praticamente morta no fechamento de um evento como este é sem sombra de dúvidas uó! Depois não reclamem quando os produtores de festas deixarem de investir nesta cidade que tem tudo para ter uma cena dignáh, pronto falei!

Sigam o exemplo da minha amiga "trava" que só depois de trancar pela cidade até altas horas deitou literalmente!


Ah, prometo que no próximo post eu faço a Juma e desenvolvo menos táh, a loka!

Beijusss,